domingo, 26 de agosto de 2012

Resenha: O Hipnotista, Lars Kepler

O Hipnotista - Lars Kepler

Skoob - Book Trailer

Editora: Intrínseca
Ano: 2011
Páginas: 477
ISBN: 9788580570915
Edição: 1


Sinopse: O massacre de uma família nos arredores de Estocolmo abala a polícia sueca. Os homicídios chamam a atenção do detetive Joona Linna, que exige investigar os assassinatos. O criminoso ainda está foragido, e há somente uma testemunha: o filho de 15 anos, que sobreviveu ao ataque. Quem cometeu os crimes o queria morto: ele recebeu mais de cem facadas e está em estado de choque. Desesperado por informações, Linna só vê uma saída: hipnose. Ele convence o Dr. Erik Maria Bark – especialista em pacientes psicologicamente traumatizados – a hipnotizar o garoto, na esperança de descobrir o assassino através das memórias da vítima. É o tipo de trabalho que Bark jurara nunca mais fazer: eticamente questionável e psicologicamente danoso. Quando ele quebra a promessa e hipnotiza o garoto, uma longa e aterrorizante sequência de acontecimentos tem início.



Enganam-se quem pensa que O Hipnotista é só mais um thriller policial, a sua história, descrições e personagens são densos, nada é suavizado. O impacto começa logo no prólogo e dali em diante só piora... ou melhora.

O detetive Joona Linna acaba se interessando pelo caso do homicídio de uma família na cidade de Estocolmo, Suíça. Certo de que a filha mais velha do casal está correndo perigo e de que pode salvá-la e prender o assassino, ele pede ajuda ao Dr. Erik Maria Bark para interrogar Josef Ek, um garoto de 15 anos, a única testemunha do homicídio da sua família, que está gravemente ferido. Mas o Dr. Bark não esperava como seria esse interrogatório.

Há 10 anos, o Dr. Bark prometeu que nunca mais usaria a hipnose. Esse período da sua vida (com o motivo de sua promessa) nos é apresentado em certo momento no livro, tendo uma forma de narrativa diferente da “principal”.

Relutantemente, o Dr. Bark aceita hipnotizar Josef e, com isso, desenterrando os fantasmas do seu passado. Agora toda a sua família está sofrendo com as consequências, principalmente o seu filho, Benjamin, que sofre com a doença de von Willebrand. Para salvar a sua vida, Erik e Joona precisam resolver mais este mistério, contando, de certa forma, com a ajuda da esposa de Erik, Simone e de seu pai, Kennet.

O caso de Josef Ek é somente o pano de fundo para o encontro de Joona e Erik e o pretexto da hipnose, pois a história passa a se centrar mais no passado de Erik e em sua família.

Algo que me incomodou no início da leitura foi a forma de narrativa, parecia um roteiro dizendo o que os personagens deveriam fazer no momento, demorei a me acostumar. Um exemplo:

“Erik vai ao banheiro, tranca a porta, lava e enxuga o rosto. Pega o telefone e liga para Simone...”

A edição não tem nada de especial, mas é muito bonita, gostei do conjunto de cores vermelho e branco. Durante a leitura estava intrigada sobre a tesoura da capa, já achava que não tinha nenhuma relação com a história, mas isso é algo que só descobrimos perto do final. Harry Potter e Pokémon também são bastante citados no livro, juro.

Um livro que fica na nossa memória mesmo depois de muito tempo lido, nos fazendo passar por dilemas durante a leitura, sobre hipnose, mídia e preconceitos e pensar em como tudo poderia ter sido diferente. Livro recomendado para os fãs do gênero!


"- Depois disso vem o que é chamado de indução - prossegue Erik. - Introduzo uma espécie de comando oculto no que digo e levo o paciente a imaginar lugares e acontecimentos simples. Sugiro um passeio por seus pensamentos, cada vez mais longe, até que sua necessidade de controlar a situação praticamente desaparece. É mais ou menos como ler um livro e ficar tão empolgado que se perde a consciência de estar sentado lendo." - pg 63



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